Unicórnios existem!
Exato. Você não leu errado, unicórnios existem.
Mas claro, meus pequenos seres bípedes e respiradores de oxigênio, que não se trata de um equino e sim de um Monodontidae chamado Narval.
Em meados de 1576, em plena Era das Trevas, um marinheiro inglês chamado Martin Frobisher estava navegando pelo Atlântico Norte em busca de uma rota para o Pacífico, eis que ao chegar à costa do Canadá, se deparou com algo estranhamente curioso: Um córneo longo, branco e torneado em espiral. Daí em diante, surgia a lenda do tão famoso e adorado unicórnio.
Porém, o que se descobriu muito tempo depois (muito mesmo) foi que o tal chifre pertencia a um cetáceo, parente da baleia beluga, chamado de Narval. Um espécie de Monodontidade dentado (sim, uma baleia dentada), cuja o macho possui uma presa reta, helicoidal, que sai por sua cabeça como uma lança.
Esse espécime caricato é encontrado nas águas geladas do Ártico, isso envolve as proximidades do Canadá, Rússia e Groenlândia (um nome popular para o animal é “baleia da Groelândia) e dificilmente descem abaixo dos 65º de latitude Norte.
Mesmo que o Narval venha sido caçado há mais de mil anos pelos Inuits nativos por causa de sua carne e do tão famoso marfim, a espécie não se encontra em extinção, nem mesmo devido o aquecimento global.
Por muito tempo pensou-se que que o tal chifre era usado como uma arma de disputa entre esse mamífero, porém, cientistas descobriram que a Presa (que não passa do canino esquerdo do animal) é uma espécie de sensor. Uma espécie de “antena” porosa, não contendo esmalte como um dente comum, que funciona interligando sinais ao cérebro, como a percepção de químicas incomuns na água e até mesmo para localização de alimentos.
Por fim, o Narval pode chegar até seis metros de comprimento — Certo, tudo bem, mas sua presa pode medir até CINCO metros — Vivem acerca dos cinquenta anos e, sim, eles são vulneráveis ao aquecimento global, a população mundial da espécie é estimada em cerca de 75.000 indivíduos. Além do homem e da natureza, seus únicos predadores naturais são os ursos polares e algumas orcas. Além disso, existem casos raros, um a cada quinhentos mais ou menos, de machos com duas presas. (Ah, sim, apenas os machos possuem o “córneo”
Bom, meus queridos seres providos de carbono e amoníaco, é triste saber que unicórnios equinos não existem… Eu concordo que seria muito legal ver um por aí com seu rabo de arco-íris, mas… Fazer o que, não é? Temos de nos contentar com o Narval ^^
Hasta! E continuem viajando!
(EXTRA)